HQ EM UM QUADRO: As vicissitudes do TOC em Binky Brown. Por Justin Green.

HQ EM UM QUADRO: As vicissitudes do TOC em Binky Brown. Por Justin Green.

As pessoas acham o TOC meio engraçado (virou até gíria) porque muita gente manifesta suas obsessões em compulsões motoras e funcionais, tipo contar degraus, só vestir determinada cor, abrir e fechar uma porta dezenas de vezes, arrancar os próprios fios de cabelo, etc. Acontece que isso aí é apenas a ponta do iceberg de uma verdadeira máquina de Goldberg mental muito troncha e zoada, em que você, plenamente consciente do quão absurdo é tudo isso, precisa executar inúmeros rituais mentais antes que eles passem para o mundo físico. Eu mesmo não conto degraus, nem tenho rituais práticos (as compulsões em si). Tudo se passa, de um jeito caótico relacionado a questões histriônicas de controle, dentro da mente. E é assim que a gente sofre, numa incomensurável solidão, porque os fenômenos do TOC são tão complexos, abstratos e diversos, que é extremamente difícil comunicá-los, mesmo pra um psiquiatra.

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LASERCAST #27 - Resenhão Geral #1

LASERCAST #27 - Resenhão Geral #1

Resenhas! Resenhas por todos os lados! A equipe Raio se junta para falar do que tem lido em termos de lançamentos recentes de quadrinhos no Brasil. Tem Pulp, tem Junji Ito, tem Copra, tem Jason, tem Anão Gigante, entre várias outras coisas. Em comum, apenas a lente afiada dos críticos da Raio Laser. Lembrando: o resenhismo é tradição forte na Raio mesmo no blog, e o Resenhão Geral terá outras edições.

Participam do debate: Raimundo Lima Neto, Márcio Júnior e Ciro Inácio Marcondes.

Edição: Eder Freire.

Disponível em: SPOTIFY, APPLE PODCASTS, GOOGLE PODCASTS, CASTBOX, ANCHOR, BREAKER, RADIOPUBLIC, POCKET CASTS, OVERCAST, DEEZER

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13 perguntas para Marcello Quintanilha - DESERAMA: O ESPETÁCULO DO DESEJO

13 perguntas para Marcello Quintanilha - DESERAMA: O ESPETÁCULO DO DESEJO

por Márcio Jr.

Mal chegou às livrarias e Escuta, formosa Márcia vem causando alvoroço no mercado brasileiro de HQs. Diversos críticos apontam o novo trabalho de Marcello Quintanilha como um dos destaques do ano – o que não é novidade para o niteroiense radicado em Barcelona há cerca de duas décadas. Antes de Escuta, formosa Márcia, contudo, houve Deserama. Lançado pela Veneta em 2020, trata-se da estreia do quadrinista no campo específico do romance literário. A impressão, até o momento, é que os leitores dos quadrinhos de Quintanilha não aderiram imediatamente a esta nova experiência narrativa. Questão de tempo. Deserama guarda toda a pujança, labor e pretensão típicas do autor. Recomendo fortemente a leitura – do romance e da entrevista que segue abaixo.

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Fahrenheit 451: distopia transmidiática

Fahrenheit 451: distopia transmidiática

por Marcos Maciel de Almeida

Fahrenheit 451 (233° C) é a temperatura em que o papel queima. Não é por acaso que o corpo de bombeiros da realidade criada por Ray Bradbury usa esse número no uniforme. No futuro distópico imaginado pelo autor, os bombeiros são chamados não para apagar incêndios, mas para incinerar livros. E Guy Montag, protagonista da história, é um soldado do fogo que começa a perceber que existe algo de errado não somente em sua vida pessoal, mas na sociedade como um todo. Esse é o mote por trás desse clássico livro da ficção científica soft, que foi recontado nos quadrinhos e no cinema, com maior ou menor maestria, como veremos adiante.

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A Canção de Orfeu Negro: quando Neil Gaiman encontra Tom Jobim e Vinícius de Moraes

A Canção de Orfeu Negro: quando Neil Gaiman encontra Tom Jobim e Vinícius de Moraes

por Marcos Maciel de Almeida

“Tristeza não tem fim, felicidade sim...” O verso da clássica canção “Felicidade”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, dá o tom do filme franco-ítalo-brasileiro “Orfeu Negro”, de 1959, dirigido por Marcel Camus. A película, baseada na peça teatral Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, foi um grande sucesso no cinema, recebendo a tríplice coroa da Sétima Arte, tendo vencido o Oscar, a Palma de Ouro de Cannes e o Globo de Ouro.

A saga de Orfeu inspirou (e segue inspirando) produções artísticas em diversas áreas, como a literatura e as artes plásticas. A lenda do personagem foi recriada e adaptada para várias realidades e formas de expressão, revelando-se um ótimo exemplo de uma criação que conseguiu transcender o meio original (religião/mitologia grega) para se tornar narrativa bastante disseminada, de caráter praticamente universal. Também nos quadrinhos o mito foi recontado por Neil Gaiman na popular maxi-série Sandman, como veremos adiante.

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LASERCAST #26 - O Circuito da Informação Sobre Quadrinhos

LASERCAST #26 - O Circuito da Informação Sobre Quadrinhos

A equipe Raio recebe o colega de longa data Alexandre Linck, do sensacional canal Quadrinhos na Sarjeta, para discutir as transformações que o processo de produção e recepção sobre quadrinhos sofreu ao longo das décadas: zines, jornais, lojas de quadrinhos, blogs, canais de Youtube - do texto ao vídeo. Que tipo de metamorfoses as mídias e os conteúdos sofrem com estes processos? Que modificações acometem os circuitos de recepção e interação? É dentro desse esforço sobre o registro histórico e intelectual sobre os quadrinhos que o episódio se detém.

Participam do debate: Raimundo Lima Neto, Márcio Júnior, Ciro Inácio Marcondes, Pedro Brandt e Alexandre Linck.

Edição: Eder Freire.

Disponível em: SPOTIFY, APPLE PODCASTS, GOOGLE PODCASTS, CASTBOX, ANCHOR, BREAKER, RADIOPUBLIC, POCKET CASTS, OVERCAST, DEEZER

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American Flagg! de Howard Chaykin: uma sociedade de espetáculos violentos

American Flagg! de Howard Chaykin: uma sociedade de espetáculos violentos

Quem estreia hoje como colaborador da Raio é o amigo das antigas Jota Erre, em um texto estiloso e cheio de marcas autorais sobre o choque provocado pelo maravilhoso American Flagg!, de Howard Chaykin, que me lembrou este famoso aforismo de Guy Débord: “A especialização das imagens no mundo se realiza no mundo da imagem autonomizada, no qual o mentiroso mentiu para si mesmo.” (CIM)

Jota-Erre é Servidor Público, Artista Visual de formação, Sommelier de Tapioca e Ukuleleísta Amador.

por Jota-Erre

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