Sandman: Meus dois… grãos de areia

Sandman: Meus dois… grãos de areia

A estreia da tão aguardada série de TV baseada na criação máxima de Neil Gaiman reativou o contato com um dos gibis mais icônicos de minha juventude. Não que a versão live action tenha me agradado, muito pelo contrário. O visual galã “Prestobarba” do ator protagonista – totalmente inapropriado para um sujeito marcado pelas agruras do tempo, como o bom e velho Morfeu – e um sem número de escolhas equivocadas (elenco, fotografia, defeitos especiais, para citar alguns) não me empolgaram. Mas, bem ou mal, o hype do seriado me fez rever (e reler!) a HQ encabeçada pelo mais melodramático dos Perpétuos.

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A Canção de Orfeu Negro: quando Neil Gaiman encontra Tom Jobim e Vinícius de Moraes

A Canção de Orfeu Negro: quando Neil Gaiman encontra Tom Jobim e Vinícius de Moraes

por Marcos Maciel de Almeida

“Tristeza não tem fim, felicidade sim...” O verso da clássica canção “Felicidade”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, dá o tom do filme franco-ítalo-brasileiro “Orfeu Negro”, de 1959, dirigido por Marcel Camus. A película, baseada na peça teatral Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes, foi um grande sucesso no cinema, recebendo a tríplice coroa da Sétima Arte, tendo vencido o Oscar, a Palma de Ouro de Cannes e o Globo de Ouro.

A saga de Orfeu inspirou (e segue inspirando) produções artísticas em diversas áreas, como a literatura e as artes plásticas. A lenda do personagem foi recriada e adaptada para várias realidades e formas de expressão, revelando-se um ótimo exemplo de uma criação que conseguiu transcender o meio original (religião/mitologia grega) para se tornar narrativa bastante disseminada, de caráter praticamente universal. Também nos quadrinhos o mito foi recontado por Neil Gaiman na popular maxi-série Sandman, como veremos adiante.

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