HQ EM UM QUADRO: As vicissitudes do TOC em Binky Brown. Por Justin Green.

HQ EM UM QUADRO: As vicissitudes do TOC em Binky Brown. Por Justin Green.

As pessoas acham o TOC meio engraçado (virou até gíria) porque muita gente manifesta suas obsessões em compulsões motoras e funcionais, tipo contar degraus, só vestir determinada cor, abrir e fechar uma porta dezenas de vezes, arrancar os próprios fios de cabelo, etc. Acontece que isso aí é apenas a ponta do iceberg de uma verdadeira máquina de Goldberg mental muito troncha e zoada, em que você, plenamente consciente do quão absurdo é tudo isso, precisa executar inúmeros rituais mentais antes que eles passem para o mundo físico. Eu mesmo não conto degraus, nem tenho rituais práticos (as compulsões em si). Tudo se passa, de um jeito caótico relacionado a questões histriônicas de controle, dentro da mente. E é assim que a gente sofre, numa incomensurável solidão, porque os fenômenos do TOC são tão complexos, abstratos e diversos, que é extremamente difícil comunicá-los, mesmo pra um psiquiatra.

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