As muitas camadas de Psicopompo: Entrevista com Octávio Aragão e Carlos Hollanda

As muitas camadas de Psicopompo: Entrevista com Octávio Aragão e Carlos Hollanda

A trama da graphic novel Psicopompo gira em torno da disputa entre dois grupos de crianças por um campinho de futebol em um morro carioca. Mas isto é apenas o que se vê no plano terreno desta HQ, cuidadosamente burilada durante seis anos pelo escritor Octavio Aragão e pelo ilustrador Carlos Hollanda. Sinalizando atributos de Fantasia, Terror e Esoterismo, o título da obra tem origem na palavra grega psychopompós - junção de psyché (alma) e pompós (guia) - usada para denominar o arquétipo que atua como condutor das almas entre o mundo dos vivos e o dos mortos. Eu bati um papo com os autores durante o lançamento – virtual, realizado em meio à pandemia do COVID-19 – sobre o longo processo de desenvolvimento da HQ, seu enredo impregnado de analogias e simbolismos, e a peculiar estrutura visual da sua narrativa.

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LASERCAST: NO AR!

LASERCAST: NO AR!

LASERCAST!

Anote na agenda: o podcast da Raio Laser estreia em 11 de maio!

No ar desde 2011, o site/blog Raio Laser é uma das principais referências do articulismo a respeito de histórias em quadrinhos na internet brasileira. Sob o slogan “Quadrinhos Além”, ou seja, tratando as HQs e sua cultura como algo mais do que mero entretenimento – e buscando uma pluralidade de abordagens, análises, reflexões e possibilidades para o assunto – a Raio está com novidades.

Como aperitivo, foi divulgado um videocast – exercício para futuras “lives”, aguardem! – e, em 11 de maio de 2020, estreia o primeiro episódio do Lasercast, que estará disponível a partir de então para audição nas principais plataformas de streaming, como Anchor e Spotify. O registro desse bate-papo, com a participação de quatro integrantes da equipe, faz um passeio pelos quadrinhos produzidos no Brasil nos últimos 10 anos.

O segundo episódio, que será disponibilizado em breve, aborda, a partir do lançamento (no finalzinho de 2019) de “O Ditador Frankenstein e Outras Histórias de Terror, Tortura e Milicos”, antologia com HQs desenhadas por Julio Shimamoto, a produção nacional de quadrinhos “de banca”, extremamente popular entre os anos 1970 e 1980.

Ouçam, comentem, divulguem!

Lasercast - A partir de 11 de maio de 2020.

JÁ DISPONÍVEL EM:

SPOTIFY

APPLE PODCASTS

GOOGLE PODCASTS

CASTBOX

ANCHOR

BREAKER

RADIOPUBLIC

DEEZER

POCKET CASTS

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Radar Raio Laser: quadrinistas para se ficar de olho

Radar Raio Laser: quadrinistas para se ficar de olho

Esta nova seção “Radar Raio Laser” tem a utilidade de apresentar autores, quadrinhos, sites, perfis - enfim, coisas relacionadas ao mundo das HQs - que estão na nossa mira, em que botamos fé! De forma alguma temos a pretensão de “descobrir a roda” ou sermos exaustivos a respeito. Alguns artistas que estamos apresentando aqui já têm estrada, mas, mesmo assim, achamos que precisam ser ainda mais divulgados. Também miramos, como público para esses textos, fãs de quadrinhos de diferentes gradações (por assim dizer). A ideia é trazer um pouco de novidade sobre estes artistas, para todo mundo. (CIM)

por Marcos Maciel de Almeida, Bruno Porto, Ciro I. Marcondes e Márcio Jr.

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PARALELAS: GRANDE DEPRESSÃO - UM CONTRATO COM DEUS X KINGS IN DISGUISE

PARALELAS: GRANDE DEPRESSÃO - UM CONTRATO COM DEUS X KINGS IN DISGUISE

Sendo um derivado do outro (Kings in Disguise parece ter sido “despertado”, enquanto HQ, pelo potencial das graphic novels de Will Eisner), estes quadrinhos estão amarrados pelo seu contexto temático: Eisner deixa a Depressão como pano de fundo para examinar dramas humanos que seriam fantasmas de seu passado. É pessoal e mais impressionista, apesar da influência do neorrealismo cinematográfico, mas seu discurso político vai se arraigar nas entrelinhas. Kings in Disguise, por sua vez, é motivado por uma inspiração explicitamente política. James Vance era um dramaturgo de esquerda, e os signos de seu quadrinho (filmes, fábricas, revistas, cartazes de Hoover, etc.) podem ser mapeados em direção a um discurso social mais estruturado. Mesmo concluindo com estranho misto de amargor e esperança, Vance não deixa de subscrever algum tipo de tese, algum tipo de teoria social em seu longo romance gráfico.

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Miracleman: construção do mito em três atos

Miracleman: construção do mito em três atos

No dia 21 de março, o pessoal da Raio Laser fez algumas indicações de leitura para a quarentena. Eu sugeri as 16 edições de Miracleman feitas por Alan Moore no início dos anos 80. Bem, já que eu estava indicando, resolvi também passar pela experiência de maratonar o material, pois havia passado um tempo desde a última vez em que havia me debruçado sobre ele. Valeu a pena? Já adianto que sim. Tanto que resolvi escrever um texto mais completo sobre a importância dessa obra que, para mim, merece figurar lado a lado entre os grandes trabalhos do Bruxo de Northampton.

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Rapidinhas #15 - Quadrinhos Digitais

Rapidinhas #15 - Quadrinhos Digitais

Tá de quarentena, em casa, na medida do possível e do saudável? Ótimo, permaneça assim. Para você nem precisar sair para comprar gibi, a RAIO LASER faz um delivery de quatro resenhas curtas de Quadrinhos Digitais que você pode conferir do conforto e da segurança do seu lar. #FicaEmcasa #LeiaQuadrinhos (BP)

por Lima Neto, Bruno Porto, Márcio Jr. e Ciro I. Marcondes

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Brasília 60 anos – aparições de um imaginário em quadrinhos

Brasília 60 anos – aparições de um imaginário em quadrinhos

Há exatos 60 anos, em 21 de abril de 1960, Brasília era inaugurada como a nova capital do Brasil. Além do impacto no país, por razões óbvias, o acontecimento foi notícia na imprensa internacional, que relatou, com assombro e otimismo, a novíssima cidade brasileira. Filmagens, fotografias e outros registros da época ainda impressionam ao mostrar o que parece uma maquete de prédios de arquitetura modernista no meio do deserto – um deserto, aliás, de terra vermelha, que as fotos em preto e branco não conseguiam mostrar.

Muitas outras fotos, tanto da construção de Brasília quanto de seu cotidiano nos primeiros anos, revelam – ou ao menos insinuam – o vazio e a amplitude monumental da cidade – ainda em obras, muito tempo depois da inauguração. Se vistas hoje essas imagens impressionam, imagine o efeito há seis décadas. Especialmente naqueles tempos, Brasília causava estranhamento, fascínio e uma inegável associação com localidades antes apenas vistas ou imaginadas em obras de ficção. E, especificamente, de ficção científica. Esse imaginário sobre a cidade, muitas vezes fantasioso e focado principalmente nas edificações criadas por Oscar Niemeyer, não demorou para reverberar na cultura pop. E não seria diferente nas histórias em quadrinhos.

Ao longo de anos, fui juntando alguns quadrinhos com menções a Brasília, em especial aqueles que criaram algo a partir do imaginário futurista da cidade, mais do que retratá-la como mero cartão postal ou como a cidade onde moram e (aspas opcionais) trabalha parte dos políticos brasileiros. O que vem a seguir não se pretende como uma lista definitiva ou completa das aparições da capital do Brasil em histórias em quadrinhos. Optei por um recorte que passeia pelo inusitado e pitoresco, com algo de histórico e, acima de tudo, para encher os olhos, coisa bonita de ser ver. Como eu acho que Brasília é – e, gostaria de acreditar, os autores aqui relacionados também acharam quando produziram esses quadrinhos.

Este post é também uma homenagem às seis décadas da nova capital. Um aniversário sem festa durante a quarentena, mas que não poderia passar em branco na Raio Laser.

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