Melhores leituras de 2019 #01 - Marcos Maciel de Almeida

Melhores leituras de 2019 #01 - Marcos Maciel de Almeida

Ano passado mencionei que “da quantidade se extrai a qualidade”. Acontece que quebrei a cara. Esse ano consegui ler um número razoável de gibis, mas – feito o filtro final de leituras – notei que a lista definitiva não estava tão empolgante quanto esperava. Na verdade foi um esforço conseguir escolher as edições que merecessem figurar no meu Top 10 de 2019. Nem sei dizer o que isso significa direito. Talvez tenha me tornado mais exigente ou não esteja procurando no lugar certo. Outra possibilidade – será? – é que the thrill may have been gone from me. Espero que não. Seja como for, as publicações a seguir – sem nenhuma ordem de preferência – foram aquelas que conseguiram sacudir meu esqueleto num ano em que tive de garimpar muito para encontrar escassas pepitas.

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Rapidinhas #13 - Quadrinhos brasileiros para este Natal

Rapidinhas #13 - Quadrinhos brasileiros para este Natal

Natal chegando, e a equipe Raio Laser preparou umas “rapidinhas” indicando material nacional de excelente qualidade (e que pode ser presentado por aí) para ser celebrado no fim de ano. Sem muita justificativa curatorial, espero que curtam! (CIM)

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Obituário: Howard Cruse (1944-2019), pioneiro dos quadrinhos queer norte-americanos

Obituário: Howard Cruse (1944-2019), pioneiro dos quadrinhos queer norte-americanos

O movimento dos quadrinhos underground dos Estados Unidos não deu espaço apenas para os dropadores de ácido e esquisitões expressarem suas paranoias e viagens lisérgicas nas páginas de HQ. Eles também abriram as portas para gays e lésbicas construírem cantinhos aconchegantes e sexys para uma crescente parcela da população que engatinhava para autoaceitação durante a revolução sexual em curso e propulsionados pelos movimentos de direitos civis. Um dos pioneiros desse levante, Howard Cruse, faleceu no dia 26 de novembro após uma longa batalha contra o câncer. 

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O Ditador Frankenstein e Outras Histórias de Terror, Tortura e Milicos: Apresentação

O Ditador Frankenstein e Outras Histórias de Terror, Tortura e Milicos: Apresentação

Em um ciclo que durou aproximadamente quatro décadas, mestres como Jayme Cortez, Flavio Colin, Nico Rosso, Mozart Couto e Watson Portela deixaram marcas indeléveis na HQ brasileira. Nesta constelação, Julio Shimamoto é uma das estrelas de maior brilho e, certamente, a mais longeva. Aos 80 anos de idade, Shima segue em franca produção, tendo participado de todos os períodos do quadrinho nacional desde sua estreia, ainda na década de 1950.

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Lucca Comics: cinco dias alucinantes

Lucca Comics: cinco dias alucinantes

O festival Lucca Comics and Games (LCG) é considerado o maior evento dedicado a quadrinhos da Itália. Não é para menos. Todos os anos a cidade de Lucca, localizada na região da Toscana, atrai cerca de 250 mil visitantes (quase o triplo da população local) ávidos para conhecer e consumir fumetti, games, RPG, bonecos, fantasias e itens correlatos. Os cosplayers também são uma atração à parte. É praticamente impossível não esbarrar com pessoas uniformizadas com roupas caras, desconfortáveis, criativas ou simplesmente ridículas.

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Coringa: quatro observações impopulares

Coringa: quatro observações impopulares

1) Uma imitação maneirista da estilística de um Scorsese dos anos 70 que beira a ação de um copy cat obsessivo, claramente numa crise identitária por não conseguir desenvolver uma dicção própria. Como se fosse uma ideia fundada naquele sonho de todo adolescente que começa a descobrir o mundo de bom cinema justamente com esse diretor: "ah, se o Scorsese fizesse um filme do Batman, seria muito foda". Infelizmente, esses adolescentes nunca saíram desse estágio, nunca perceberam o quão ridícula é essa ideia, e se tornaram público pra que essa aberração fosse criada.

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Aqui, uma HQ em estado de arte

Aqui, uma HQ em estado de arte

Em sua mais famosa história (“O Aleph”), Jorge Luis Borges, o gigante da literatura argentina, descreveu a maneira com que um homem comum encontrou, debaixo de uma escada em uma casa velha, um ponto (o tal “aleph”) que levasse o observador a qualquer lugar no tempo e no espaço, simultaneamente. A viagem de Borges era a busca pela ubiquidade: seu personagem (no caso, alter ego de si mesmo), obcecado por um antigo amor, tem a curiosidade de vivenciar novamente cada momento do passado e adentrar em cada pensamento já vivido por essa mulher.

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