DEZ ANOS DE RAIO LASER!

DEZ ANOS DE RAIO LASER!

Adivinha quem completa um decênio de crítica e atuação na quadrinhosfera brasileira em abril de 2021? Isso mesmo, achou certo! (quem mais?) O site RAIO LASER completa uma década de existência dedicada à reflexão apurada e à fuleirage associada a tudo que o mundo dos quadrinhos ofereceu nestes velozes e implacáveis anos 2010.

Quando começou, a Raio tinha como missão a crítica, o jornalismo, a historiografia e a socialização em torno do rico mundo dos quadrinhos. Não é incomum as pessoas dizerem que, lá pros idos de abril de 2011, “naquela época tudo era meio que mato” (guardadas exceções que todos conhecem). Nossa ambição era que, de alguma maneira, a abordagem crítica sobre quadrinhos ganhasse um espaço mais próximo do que a crítica de cinema e de música representavam no Brasil.

Desde então, mesmo com dificuldades e à base de muita força de vontade, nunca paramos. Insistimos em textos longos, abordagens individuais e aprofundadas, além do formato blog, em diversas especialidades. Nosso podcast segue as idiossincrasias das postagens escritas. E seguiremos assim, na contramão das modas de internet, apostando na qualidade sobre a quantidade. Como é sabido, nossos autores vêm de áreas e especialidades diferentes, e cada um busca um olhar bastante específico sobre os quadrinhos. Você pode conferir o histórico completo da Raio Laser AQUI.

Dentro das comemorações que acontecerão ao longo de todo o ano, estão previstos:

- Episódios especiais do LASERCAST com convidados (como o #17 sobre Conan, com Marco Antonio Collares), incluindo um com a equipe Raio comentando suas histórias juntamente com jornalista Ramon Vitral (do incontornável Vitralizado).

- Um documentário em curta-metragem sobre nossa trajetória com direção dos cineastas Alex Vidigal e Lucas Gesser.

- Uma camiseta comemorativa em edição limitada, com ilustração exclusiva do grande Pedro D’Apremont.

- O lançamento do livro ZIP – QUADRINHOS E CULTURA POP, com a reunião dos principais textos que o nosso editor Ciro Inácio Marcondes publicou no portal de notícias Metrópoles entre 2017 e 2019. Apresentação do professor e pesquisador Nobu Chinen.

- Além disso, sorteios, publicações e outras surpresas para quem nos acompanhar no decorrer do ano.

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TRÊS BURACOS: DO CONTO DE BOTIJA AO BRASIL PROFUNDO

TRÊS BURACOS: DO CONTO DE BOTIJA AO BRASIL PROFUNDO

Viajando pelo sul do Pará, passamos perto da estrada de acesso para Curionópolis, cidade notória por abrigar o distrito de Serra Pelada. Nosso guia nos contou uma breve história sobre um tio desgarrado, que havia tentado a sorte no garimpo e perdido a vida em disputa pela fração de uma onça de ouro. Também nos contou sobre os “órfãos de Serra Pelada”, garimpeiros da região que guardam esperanças sebastiânicas sobre a reabertura das minas. Enquanto não puderem voltar a retirar ouro da terra, eles esperam. Para mim, naquela viagem dois anos atrás, uma percepção se consolidou: de Sierra Madre à Serra Pelada, histórias de garimpo sempre giram em torno de obsessão e morte.

Três Buracos, mais recente HQ do consagrado Shiko, usa um garimpo abandonado no interior da Paraíba como palco para um conto de botija (histórias de tesouros escondidos, que revelam-se aos afortunados através de sonhos). Nela, acompanhamos a busca árdua e obstinada da protagonista Tânia por uma enorme Turmalina Azul, escondida por seu pai em algum nicho profundo da mina localizada na propriedade que dá nome à história. Enquanto isso, Tânia também tem de lidar com os planos do irmão Canhoto, recém fugido da prisão, e a lealdade titubeante de sua companheira, Cleonice.

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