LASERCAST #78 LITERATURA::QUADRINHOS convidado especial Lielson Zeni

Por mais que os quadrinhos sejam uma mídia recente se comparada à literatura, a relação entre imagens e palavras – e tudo que decorre dela – é antiga e complexa. Este episódio do Lasercast procura discutir as intersecções entre literatura e HQs a partir de cruzamentos diversos, que incluem: por que é necessário discutir a relação entre literatura e quadrinhos (para fugir da pergunta maldita)? Relações históricas entre literatura e quadrinhos (de livros com iluminuras, a edições ilustradas do século XIX, a livros híbridos etc.) Linguagem literária em HQ: mais texto torna a HQ mais “literária”? Isso é bom ou indiferente? Que outros tipos de linguagem literária podem ter numa HQ? Poesia: como se manifesta em HQ?

Para ajudar a equipe raiúka a discutir estes temas, trouxemos o editor, crítico, autor e doutor em literatura (e HQs!) Lielson Zeni.

Edição: Eder Freire.

Disponível em: SPOTIFY, APPLE PODCASTS, GOOGLE PODCASTS, CASTBOX, ANCHOR, BREAKER, RADIOPUBLIC, POCKET CASTS, OVERCAST, DEEZER

Imagens e links do episódio:

capa de Damasco, A aclamada Hq de Lielson Zeni e Alexandre lourenÇo. Brasa Editora.

Link para a tese Crises no Quadrinho Brasileiro do Século XXI, de Lielson Zeni.

Link para o blog Balbúrdia, site irmão da Raio Laser

John Tenniel e seu texto ilustrado, na primeira edição de Alice no país das maravilhas

Página de The Dreamer, Graphic Novel de Will Eisner

caligrama de guillaume apollinaire 1

caligrama de guillaume apollinaire 2

Uma simplificação, á título de exemplo, do caminho da representação do real até sua sintetização em pictograma

capa do livro comics vs art , de Bart Beaty

Capa de arresting development: comics at the boundaries of literature, de Christopher pizzino

Capa do livro Arte-educação no brasil, de ana mae barbosa. O livro foi citado, mas sem o título e nome da autora.

Uma clássica página verborrágica de Chris Claremont em sua fase na revista Uncanny X-men.

capa de cabeça tubarão , de steven hall

Página de Rua perigo, escrita por tom king e arte de jorge fornés

capa de as incríveis aventuras de kavallier & clay. O livro foi vencedor do pulitzer em 2001.

capa de a misteriosa chama da rainha loana, um romance ilustrado de Umberto eco.

Depois de “incrível”, e “misteriosa”, agora é a vez de a fantástica vida breve de oscar wao, de junot diaz. ao que parece, livros sobre quadrinhos parecem precisar de adjetivos espetaculares nos títulos para serem vendidos no início do século xxi. Seja como for, este gênero fazia sucesso entre o comitê de escolha do prêmio pulitzer.

Página de Understanding Comics, de Scott McCloud

Página de desaplanar, de nick sousanis

A vida é boa se você não fraquejar, de seth

a solidão de um quadrinho sem fim, de adrian tomine

fantástico cartaz de um homem com uma câmera, clásico de dziga vertov

páginas de pequenos acasos cotidianos: presentes e desastres da vida urbana, de Juliana russo

capa de quase um ano, de deborah salles

requadros entulhados de texto em gasoline alley

a elegância e eloquência visual do tarzan de Burne Hogarth

uma página de quadrinhos de 1 hora de leitura, em Blake e Mortimer.

O Spirit de will eisner traz o cinema para os quadrinhos

a lingua inglesa reimaginada no mecanismo narrativo que herriman criou para Krazy Kat

outra contribuição para a lingua inglesa nos dialogos de pogo, de walt kelly

Talco de vidro, de Marcelo quintanilha

dois momentos de lirismo irônico e “verborragia” visual com o menestrel de Groo.

página da adaptação do livro 1984, por fido nesti

Roy thomas e seu banho de texto escrito em dois momentos: adaptando Conan o Bárbaro, e criando material próprio em Corporação Infinito.

Postagem de Virapágina sobre a tradução de Conan e Kull.

a violência muda da animação Primal, criada e dirigida por Genddy tartakowisky

Link para o artigo Comics Poetry. Beyond “Sequential Art”, de Tamry Bennett

Capa de autofagia, livro obrigatório para conhecer os caminhos epotências da hq abstrata.

livro poemics de álvaro de sá

um poemic

elegância e um futurismo sem rumo no quadrinho de sao

capa de Finnegans Wake, deJames joyce

capa de robô esmaga, de alexandre lourenço

Link para o ensaio do filósofo Tcheco-Brasileiro Villém Flusser sobre jogos.

este não é um lugar seguro, a incrível hq/livro-arte de guilherme silveira

capa da edição brasileira de Ônibus, de paul kirchner

Página citada de ônibus.

cartaz da adaptação de tungstênio

capa de Eu, Fernando pessoa, uma adaptação experimenal de suzana Ventura e guazelli

rodrigo rosa se junta a guazelli para adaptar grande sertão veredas.

capa de o ateneu, uma adapaçao de raul pompeia contando com a madura e bela arte de marcelo quintanilha.

capa de clara dos anjos, adaptada por lelis

a riquíssima adaptação de Cidade de vidro, de Paul Auster, uma obra em quadrinho que fala por sí própria. por paul karasik e david mazzucchellli

capa de poetry comics: an animated anthology, de dave morice

gravura de the tyger, realizada pelo próprio poeta william blake, que também era um gravador profissional, trabalhando com litogravura, e outras técnicas de reprodução de imagens que surgiam no final do seculo XIX.

capa da edição número 19 de sandman, sonhos de uma noite de verão

capa de 1001 comics you must read before you die.

Capa de o inescrito, escrito por mike carey e desenhado por peter gross. as capas são da incrivel ilustradora yuko shimazu

capa de masterpiece comics, de robert sikoryak, um dos quadrinhos que mais deveria sair no brasil.

na saideira do programa, falamos sobre uma tira da laerte sobre poesia e quadrinhos. não tem melhor forma de fechar esse bate papó. até a próxima!