LASERCAST #39 – AS FRONTEIRAS HÍBRIDAS DE LUIZ GÊ

LASERCAST #39 – AS FRONTEIRAS HÍBRIDAS DE LUIZ GÊ

Luiz Gê é um dos maiores quadrinistas em todos os tempos no Brasil. Fundador da revista Circo, autor da incontornável “Tubarões Voadores”, envolvido em inúmeros projetos multimídia, ele lança agora, pela Editora MMarte, “Fronteira Híbrida”. Este é um livro com novos trabalhos envolvendo teatro e quadrinhos e no qual ele revisita, em texto e novas formas gráficas, suas principais histórias. A equipe Raio conversou longamente com Gê e procurou compreender sua história e processo criativo.

Participam desse debate: Bruno Porto, Ciro Inácio Marcondes, Márcio Jr. e o convidado Luiz Gê.

Edição: Eder Freire

Disponível em: SPOTIFY, APPLE PODCASTS, GOOGLE PODCASTS, CASTBOX, ANCHOR, BREAKER, RADIOPUBLIC, POCKET CASTS, OVERCAST, DEEZER

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BIENAL DE QUADRINHOS DE CURITIBA 2018 - Um evento à altura do quadrinho brasileiro

BIENAL DE QUADRINHOS DE CURITIBA 2018 - Um evento à altura do quadrinho brasileiro

Grosso modo, pode-se olhar para as histórias em quadrinhos sob duas perspectivas distintas e, eventualmente, antagônicas. De um lado, existe o quadrinho como mero entretenimento, inserido num mercado multimilionário e transnacional. Trata-se da tão propalada “cultura pop” – ou geek, ou nerd, tanto faz. Neste campo, a relação do indivíduo com o universo dos quadrinhos se dá através do consumo desenfreado e acrítico. O sujeito – sujeito é modo de falar, não me levem ao pé da letra, por favor – assiste os filmes e séries, compra o balde de pipoca, a camiseta, o pôster, a caneca, o protetor de celular, o bonequinho, o videogame, a cueca. Compra também o encadernado em capa dura de seu super-herói favorito. Mas não é sempre que lê. 

Na outra ponta, temos as histórias em quadrinhos entendidas como media. Um meio de comunicação potente e autônomo, que se materializa através de uma gramática particular e infinitamente rica. Tal e qual o cinema, a literatura, as artes visuais e outras formas de expressão, os quadrinhos podem ser tudo. Inclusive, arte. Toda a complexidade da experiência humana cabe em suas páginas. Logo, tomar os quadrinhos como mero produto mercadológico evidencia uma perspectiva pobre, tacanha e medíocre, incapaz de dar conta de sua intrínseca sofisticação. Um desserviço às próprias HQs.

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