Rapidinhas #16 - Dia do quadrinho nacional 2022

Rapidinhas #16 - Dia do quadrinho nacional 2022

Estamos de volta com mais uma rodada de rapidinhas. E, novamente, uma edição especial só com gibis nacionais para dar nossa singela contribuição aos festejos do dia do quadrinho nacional. E para abrir esta edição começamos falando da sexta Bienal de Quadrinhos de Curitiba, que ocorreu no segundo semestre de 2021. Especificando, vamos iniciar com os projetos desenvolvidos na Residência Notas e Traços da Bienal. No dia 05 de Novembro de 2021 aconteceu a exposição dos trabalhos que foram elaborados nesta Residência, que deu continuidade online para uma proposta de trabalho conjunto que já foi desenvolvida presencialmente em outras edições. Desta vez, capitaneada pelos grandes Luiz Gê e Arrigo Barnabé. O tema da Bienal era exatamente a relação entre música e quadrinhos, inspirado nas históricas colaborações entre este monstro das artes gráficas que é o Gê e o Kaiju das experimentações musicais que é Barnabé. E os convidados para este desafio foram as duplas Gabriel Góes e Fernando Nicknich, Silvanny Sivuca e Marília Marz, e Grazi Fonseca e Rodrigo Stradiotto. O objetivo dessas linhas não é esgotar estas obras, mas sim convidar todos a experimentá-las. (LN)

por Márcio Jr, Marcos Maciel de Almeida, Bruno Porto e Lima Neto

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BIENAL DE QUADRINHOS DE CURITIBA 2018 - Um evento à altura do quadrinho brasileiro

BIENAL DE QUADRINHOS DE CURITIBA 2018 - Um evento à altura do quadrinho brasileiro

Grosso modo, pode-se olhar para as histórias em quadrinhos sob duas perspectivas distintas e, eventualmente, antagônicas. De um lado, existe o quadrinho como mero entretenimento, inserido num mercado multimilionário e transnacional. Trata-se da tão propalada “cultura pop” – ou geek, ou nerd, tanto faz. Neste campo, a relação do indivíduo com o universo dos quadrinhos se dá através do consumo desenfreado e acrítico. O sujeito – sujeito é modo de falar, não me levem ao pé da letra, por favor – assiste os filmes e séries, compra o balde de pipoca, a camiseta, o pôster, a caneca, o protetor de celular, o bonequinho, o videogame, a cueca. Compra também o encadernado em capa dura de seu super-herói favorito. Mas não é sempre que lê. 

Na outra ponta, temos as histórias em quadrinhos entendidas como media. Um meio de comunicação potente e autônomo, que se materializa através de uma gramática particular e infinitamente rica. Tal e qual o cinema, a literatura, as artes visuais e outras formas de expressão, os quadrinhos podem ser tudo. Inclusive, arte. Toda a complexidade da experiência humana cabe em suas páginas. Logo, tomar os quadrinhos como mero produto mercadológico evidencia uma perspectiva pobre, tacanha e medíocre, incapaz de dar conta de sua intrínseca sofisticação. Um desserviço às próprias HQs.

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