HQ em um Quadro: Eu te saúdo, Eternauta – por Héctor G. Oesterheld e Solano López

HQ em um Quadro: Eu te saúdo, Eternauta – por Héctor G. Oesterheld e Solano López

A imagem de Salvo saindo de casa pela primeira vez, no meio da neve tóxica, portanto, poderia se tornar signo de uma realidade que tensiona questões propostas por Godard no pequeno filme: a regra quer ocultar a exceção de todas as formas, mas o que ocorre quando exceção e regra tornam-se vítimas de ambiguidades quase insolúveis? A loucura narcísica do presidente, uma exceção que se torna regra; e a ciência, vista como “autoritária”, é regra que vira exceção. Diante de tal angústia, a inquietação interior de Salvo, que não pode ser traduzida senão como o medo, filha de Deus. (CIM)

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Melhores leituras de 2019 #01 - Marcos Maciel de Almeida

Melhores leituras de 2019 #01 - Marcos Maciel de Almeida

Ano passado mencionei que “da quantidade se extrai a qualidade”. Acontece que quebrei a cara. Esse ano consegui ler um número razoável de gibis, mas – feito o filtro final de leituras – notei que a lista definitiva não estava tão empolgante quanto esperava. Na verdade foi um esforço conseguir escolher as edições que merecessem figurar no meu Top 10 de 2019. Nem sei dizer o que isso significa direito. Talvez tenha me tornado mais exigente ou não esteja procurando no lugar certo. Outra possibilidade – será? – é que the thrill may have been gone from me. Espero que não. Seja como for, as publicações a seguir – sem nenhuma ordem de preferência – foram aquelas que conseguiram sacudir meu esqueleto num ano em que tive de garimpar muito para encontrar escassas pepitas.

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ZIP 100: meus 15 quadrinhos favoritos

ZIP 100: meus 15 quadrinhos favoritos

O que eu vejo nos quadrinhos que se difere das outras formas de expressão? É uma pergunta dura, cheia de armadilhas, mas seu aspecto capcioso está, na verdade, correto: o quadrinho é a forma de arte que nos permite abolir uma linha distintiva entre as subjetividades infantil, adolescente e adulta. Permite uma formação cíclica, nietzschiana, de uma ética humana sem fronteiras disciplinares, institucionais. Charlie Brown, Mônica, Calvin, Mafalda: são crianças que rompem estes muros que nos formatam como “cidadãos”. E Crumb, Alan Moore, Al Capp, etc., são crianças grandes que imaginam e escrevem para nos alertar disso. E assim falou Zaratustra.

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