13 PERGUNTAS PARA BATISTA

13 PERGUNTAS PARA BATISTA

por Márcio Jr.

Se no longínquo Brasil pré-pandêmico você era frequentador de feiras de quadrinhos, com certeza passou pela mesa de Marcos Batista. E se você já fez parte dos circuitos mais underground do rock, as chances de ter visto o mesmo Batista num palco não são nada remotas. Agora, se o seu lance é cartum na internet, a possibilidade de desconhecer o sujeito é virtualmente nula. A boa nova é que Batista acaba de lançar seu primeiro livro-solo: O que conto quando conto uma piada. Com curadoria do onipresente Diego Gerlach e design classudo do craque Stêvz, a compilação de mais de 200 tiras e cartuns é um convite ao riso. Duvido que consiga segurá-lo. Dá-lhe, Batista!

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O melhor da MSP raiz: entrevista com Nicolosi

O melhor da MSP raiz: entrevista com Nicolosi

por Pedro Brandt

Atendendo a um convite da revista Plaf, escrevi um perfil sobre o desenhista José Márcio Nicolosi, veterano funcionário da Mauricio de Sousa Produções, hoje atuando como diretor de muitos dos projetos de animação da empresa, mas, entre meados da década de 1970 e o comecinho dos anos 1980, um dos mais destacados artistas – para alguns, o melhor – a ilustrar os personagens da Turma da Mônica.

Usei o pretexto do artigo para a revista para conhecer melhor o Nicolosi (Zé Márcio para os íntimos), que gentilmente respondeu a 30 perguntas por e-mail, em agosto de 2019, que utilizei como base para o meu texto – e que, aliás, foi publicado na edição 4 da Plaf, lançada em abril de 2020. Passado um ano da publicação do meu texto na edição impressa da revista, retiro essa entrevista da gaveta na expectativa de que ela encontre muito mais fãs do Nicolosi por aí. Atentem que, em alguns casos do que você lerá abaixo, duas perguntas são respondidas na mesma resposta.

Paulistano, nascido em 6 de novembro de 1958, o desenhista está na ativa profissionalmente desde 1974. Talvez você reconheça seu traço do antigo gibi do Pelezinho, da paródia Cascão Porker (sua volta aos quadrinhos MSP, depois de década afastado), da adaptação em livro ilustrado (estrelando Cebolinha e o próprio Mauricio) de O Pequeno Príncipe, ou ainda dos dois álbuns de sua série autoral Fetichast (lançados em 1991 e 2007). Mas, se você teve sorte, conheceu o traço de José Márcio Nicolosi lendo os gibis do Cebolinha, no final dos anos 1970, quando, indiscutivelmente, as HQs mais bem desenhadas da turminha foram produzidas.

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13 PERGUNTAS PARA GALVÃO BERTAZZI

13 PERGUNTAS PARA GALVÃO BERTAZZI

Há mais de duas décadas, Galvão Bertazzi esfrega na cara de todo mundo – em jornais ou na internet – quão besta a vida é. Ácido até a medula, o roqueiro que se criou em Goiânia e partiu pra Floripa tem sido um dos mais consistentes autores de tiras do Brasil. Tanto que durante o período em que a deusa-maior Laerte ficou afastada da Folha devido à Covid 19, foi Galvão o autor escalado para substituí-la. Passou no teste com louvor. Nessa entrevista ele relata a experiência e fala ainda de HQs longas, empreitadas editoriais, mercado, artes plásticas e desenhos animados. Assunto não falta pro sujeito. (Márcio Jr.)

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As muitas camadas de Psicopompo: Entrevista com Octávio Aragão e Carlos Hollanda

As muitas camadas de Psicopompo: Entrevista com Octávio Aragão e Carlos Hollanda

A trama da graphic novel Psicopompo gira em torno da disputa entre dois grupos de crianças por um campinho de futebol em um morro carioca. Mas isto é apenas o que se vê no plano terreno desta HQ, cuidadosamente burilada durante seis anos pelo escritor Octavio Aragão e pelo ilustrador Carlos Hollanda. Sinalizando atributos de Fantasia, Terror e Esoterismo, o título da obra tem origem na palavra grega psychopompós - junção de psyché (alma) e pompós (guia) - usada para denominar o arquétipo que atua como condutor das almas entre o mundo dos vivos e o dos mortos. Eu bati um papo com os autores durante o lançamento – virtual, realizado em meio à pandemia do COVID-19 – sobre o longo processo de desenvolvimento da HQ, seu enredo impregnado de analogias e simbolismos, e a peculiar estrutura visual da sua narrativa.

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Luzes de Niterói: o esgarçar do tempo

Luzes de Niterói: o esgarçar do tempo

Quando Hélcio quase se afoga em um mergulho, prendemos a respiração junto com ele. Durante a forte tempestade enfrentada pelo beque e seu amigo em uma débil canoa, sentimos sua aflição e a proximidade da morte. A sequência, que ocupa cerca de 60 páginas, traz uma das mais potentes representações gráficas de chuva já vistas nos quadrinhos. Me senti encharcado ao final da leitura.

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PIPOCA & NANQUIM SOLTA O VERBO!

PIPOCA & NANQUIM SOLTA O VERBO!

Contabilizando a quantidade de conteúdo – textos e, especialmente, vídeos – do site/canal Pipoca & Nanquim, é perceptível uma dedicação exemplar ao projeto. O nível da qualidade textual e o gosto diferenciado nas escolhas dos assuntos abordados está a anos luz da média da internet brasileira – uma raridade, pode-se dizer. O carismático trio formado por Alexandre Callari, Bruno Zago e Daniel Lopes, ainda por cima, estreou em 2017 a editora Pipoca & Nanquim. Uma conquista não apenas deles, mas dos leitores brasileiros interessados em quadrinhos que fujam do convencional.

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Recreio com rock e quadrinhos

Recreio com rock e quadrinhos

Rock e histórias em quadrinhos são expressões artísticas que têm caminhado juntas na trajetória recente da banda brasiliense Quebraqueixo. Em 2010, o quarteto lançou seu segundo disco, A banda desenhada, projeto que inclui, além de CD, HQ de acabamento luxuoso, com capa dura, e histórias adaptadas das letras da banda feitas por 14 talentosos quadrinistas de Brasília.

Realizado com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura do GDF, o projeto teve como contrapartida uma série de shows e oficinas de histórias em quadrinhos em escolas da rede pública do Distrito Federal em 2011. Alunos, professores e a banda gostaram da experiência e, em 2014, o Quebraqueixo emplacou o Festival Itinerante Rock e Quadrinhos. Também viabilizado pelo FAC, o projeto rendeu 12 edições no ano passado e, pelos próximos meses, continuará passando por escolas do DF.

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